Global Telesat en 2015, invierte en la formación de su personal angolano en el mantenimiento de equipamientos de telecomunicaciones por satélite y seguridad electrónica

10/02/2015
Manuel Joia Formacion

Companhia tenta antecipar efeitos da crise, reforçando aposta nos quadros nacionais para reduzir custos com expatriados a prazo, e foca-se na manutenção de equipamentos. Meta de facturação de 2014 não foi cumprida.

A Global Telesat vai apostar este ano na formação dos seus quadros nacionais e na área de manutenção de equipamentos, revela o director comercial da empresa especializada em soluções de Internet por satélite e segurança electrónica.

Ao Expansão, Manuel Jóia explica que, com estas opções, a empresa procura novas oportunidades num ano que não deverá ser fácil. O gestor acredita que este ano haverá muitas dificuldades por causa dos ajustes que a quebra do preço do petróleo vai forçar na economia do País, pelo que vai procurar oportunidades em variadas áreas de negócios.

Estávamos quase todos acostumados a ver o mercado mover-se com base no petróleo, mas há outros nichos de mercado que vamos ter de trabalhar, diz. Se não capacitarmos os nacionais, vamos, cada vez mais, precisar de mão-de-obra exterior e acabamos por ter mais custos tanto em valor como em viagens, reforça Manuel Jóia.

Em 2014, sobretudo por causa das dificuldades que se começaram a sentir de forma mais acentuada a partir de Novembro, a Global Telesat não conseguiu atingir a meta de facturação que tinha planeado. Começámos a ter dificuldades a partir mesmo de Novembro do ano passado, afirma.

A companhia previa ultrapassar a facturação de 2013 – cerca de 585,6 milhões Kz (6 milhões USD) – mas não atingiu a meta, explica o gestor, sem revelar os números finais nem a previsão de facturação para este ano. Como estamos a nos enquadrar, os números que o mercado tem e do que vamos oferecer, ainda não estou em condições de falar em valores exactos, diz o gestor.

A Global Telesat trabalha em três áreas de actuação, incluindo a Versat (Internet via satélite), segurança electrónica, e extinção de incêndios, sendo que as duas últimas valeram cerca de 60% da facturação registada em 2013. Na segurança electrónica, a companhia recorre a métodos de detecção remota de intrusão (controlo de roubos em residências), disponibilizando ainda soluções inteligentes de controlo de acessos a instalações.

Estes sistemas, explica o director comercial, foram criados devido ao número de roubos a que se assiste em todo o País. Na área de segurança contra incêndios, a companhia conta com duas linhas de enchimento com capacidade para 400 extintores por dia, operando a partir de bombas de abastecimento de combustíveis da Sonangol. Segundo Manuel Jóia, a empresa conta já, neste segmento, com alguns contratos assinados com algumas empresas públicas, cujos nomes não indicou, e com a multinacional Nestlé.

Empresas como a Sonangol Distribuição, Cuca e residências fazem parte da carteira de clientes da Global Telesat Angola, que recorre a equipamentos oriundos de países como China, Espanha e Inglaterra e Portugal. A operar em Angola há cerca de oito anos, com sede em Luanda, a Global Telesat, que emprega cerca de 40 pessoas no País, está presente noutros países africanos, como o Senegal ou os Camarões.

Fonte: www.expansao.co.ao/Artigo/Geral/52837